Então eu explodi!
Tem gente que têm o que dizer
E se torna escritor
Tem gente que decide ser escritor
Mas não tem o que dizer.
Algumas vezes o verbo, o impulso,
A verve ea espada, o meneio,
A inquietação do atormentado,
Do obcecado, do angustiado.
Dizem que estão num meio perturbado,
Mas só querem escrever, tocar, cantar e dançar,
E mostrar a vida pra toda a gente.
Tem gente que aprende a técnica
E se pensa escritor, artista e poeta.
É mais que abrir o coração, é exportar as entranhas
de quem passa
E não quer ver.
Você se lembra quando as coisas não eram tão fáceis?
Sim, eram muito menos complicadas.
Você se lembra?
Tem gente que quer viver se lembrando do passado.
Tem gente que quer viver pensando no futuro.
Eu quero exportar as feridas de hoje!
A ferida, a chaga, o estrago e os estigmas.
Você se lembra quando as coisas não eram tão fáceis?
Sim, eram muito menos complicadas.
Você se lembra?
Quem tem o impulso
Age sem medo e suas exposições,
Seus estragos, suas chagas e seus estigmas.
Olha a estupidez do arrogante!
Ele tira o teu chão porque te acha maior que ele.
O arrogante tem medo
E te deixa como um animal acuado.
Você se lembra quando as coisas não eram tão fáceis?
Sim, eram muito menos complicadas.
Você se lembra?
Tem gente que decide ser artista,
Mas não tem o que dizer.
Então quer mandar.
O artista tem o impulso, a espada,
A inquietação do atormentado,
Do obcecado, do angustiado.
Dizem que estão apenas meio perturbados,
Mas só estão com preocupação,
E se importam em mostrar a vida pra toda a gente.
É mais que abrir o coração, é exportar as entranhas
de quem passa
E não quer ver.
Alguém vai me ligar e eu espero
Me liga e eu digo que não estou pronto
Só pra poder ter tempo de lembrar.
Minha preocupação em mostrar só me faz esquecer
E querer ver.
Você se lembra quando as coisas não eram tão fáceis?
Sim, eram muito menos complicadas.
Você se lembra?
Hoje eu não estou aqui para aguentar as provocações!
Alguém me diga o chão
E eu não tenho ar
Parado num canto desconhecido
Como um animal acuado
Desesperado
Atordoado
Sugado
Traído
Sem ar
Sem
Ar.
E eu arrebento os encordoamentos
e expulsos os demônios de quem me ataca!
Atiro minhas palavras como balas de um canhão
que sabe onde quer chegar!
Cuspo toda minha raiva e o temor dos covardes
e dos desgraçados,
Mostro ao arrogante poderoso que ele não é nada mais
Que um covarde que cresceu.
Você se lembra quando as coisas não eram tão fáceis?
Sim, eram muito menos complicadas.
Você se lembra?
Eu não.
Eu sei, o cara me deixou no chão,
Mas eu tenho uma arrogância dele
E o esmaguei com a minha palavra.
Já não vale mais que um fio de cera
Tirado de um velho disco riscado.
Um fio de cera
Tirado de um velho disco riscado.
Um velho disco riscado.
Um velho disco riscado.
Disco riscado.
Riscado.
Riscado.
Riscado.
Riscado.
Riscado.
Riscado.
Riscado.
Rrrrrrrrrrrrrrrrssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss TÓC!